A importância da conexão humana para o advogado do futuro

Em tempos de crescente automação e uso de inteligência artificial, a conexão humana desponta como uma habilidade essencial para o profissional do futuro, especialmente para advogados.

Acompanho diariamente como essa competência pode ser o diferencial que transforma não só a carreira do advogado, mas também a dinâmica das equipes em que ele atua.

O que é conexão humana e por que ela é tão relevante? 

Conexão humana é a capacidade de criar relações genuínas, baseadas em confiança e empatia. No ambiente jurídico, onde muitas vezes lidamos com questões delicadas, essa habilidade é vital para entender profundamente as necessidades dos clientes e agir de forma mais eficaz.

A experiência que tenho acompanhado no Viseu Secondment mostra que advogados que priorizam o lado humano de suas interações não apenas resolvem problemas de forma mais eficiente, como também constroem parcerias mais sólidas e de longo prazo com seus clientes e colegas. Trata-se de ir além das questões técnicas e criar um ambiente de trabalho mais colaborativo e produtivo.

Características de um advogado conectado 

Algumas características que vejo destacarem os profissionais com essa habilidade no dia a dia são:

• Empatia: A capacidade de enxergar o mundo através dos olhos do outro é fundamental. Um advogado empático constrói um relacionamento muito mais forte com seus clientes, entendendo suas reais preocupações.
• Comunicação transparente: Advogados que conseguem simplificar questões jurídicas complexas e se comunicar de forma clara e direta criam um ambiente de confiança. Clientes e equipes precisam sentir que estão sendo ouvidos e compreendidos.
• Inteligência emocional: Saber administrar as próprias emoções e reconhecer as dos outros é essencial para lidar com situações de pressão e negociações delicadas, tão comuns no cotidiano jurídico.

Tenho observado que aqueles que desenvolvem essa habilidade têm mais sucesso em suas alocações e são reconhecidos pela liderança e capacidade de criar equipes mais coesas. A conexão humana faz com que eles não apenas sejam tecnicamente competentes, mas também verdadeiros facilitadores dentro das empresas.

Esses profissionais conseguem equilibrar a prática jurídica com uma abordagem mais relacional, o que os diferencia em um mercado cada vez mais competitivo. Ao priorizar as pessoas, eles conseguem resultados mais sólidos e duradouros, tanto para seus clientes quanto para suas equipes.

 O advogado do futuro precisa ser tecnicamente competente, mas também deve investir na conexão humana para se destacar. Em um mundo onde a tecnologia pode resolver muitos problemas, é a habilidade de criar relacionamentos genuínos que fará a diferença na carreira e nas oportunidades.

*Por Isabella Toni Furtado, analista de Recrutamento no Viseu Secondment.